Mais uma vez as universidades abrem caminho na sociedade do conhecimento. Com o apoio, da KPMG, os investigadores Christopher Hydock e Kurt Carlson, do Instituto Para a Pesquisa do Consumo da Universidade de Georgetown, criaram o “Consumer Problem Survey”. A ideia é simples, mas os insights obtidos são poderosos para marketers e gestores.
Os 2 investigadores começaram por trabalhar durante um ano nos problemas que as pessoas, de uma amostra alargada, tinham para resolver. Além disso, avaliaram como essas pessoas investigavam o mercado à procura de soluções – e quais as soluções que estavam a pensar adquirir / contratar para resolver os problemas identificados.
Daqui resultaram 9 grandes categorias de problemas, 38 sub-categorias e 267 problemas específicos (and counting) – que constituem o “Consumer Problem Survey”. Este inquérito (o terceiro CPS realizado chegou a uma amostra de mais de 11 mil americanos) explora depois variáveis mais específicas, como por ex: severidade dos problemas das pessoas, urgência, há quanto tempo têm o problema, que tipo de soluções vão procurar e quando, etc…
Os autores vão publicando os resultados aqui:
Site da Georgetown University:
http://msb.georgetown.edu/content/cps-reports
Algumas conclusões interessantes (USA):
– Apenas 43% dos problemas experienciados são resolvidos nos 6 meses seguintes, mas a maioria que os resolve, fá-lo no espaço de um mês.
– As grandes razões para não resolver problemas são a falta de tempo e a falta de dinheiro
– A maioria pesquisa online, mas compra nas lojas (mesmo havendo possibilidade de comprar online)
– Os homens têm mais predisposição para resolver problemas através da compra online e gastam mais do que as mulheres nesse canal – há sobretudo uma visão utilitária neste procedimento. As mulheres preferem mais a compra na loja, o que revela maior sensibilidade para a experiência de compra em si.
– Os problemas mais fáceis de resolver estão relacionados com higiene, cabelo, dietas, alternativas de transporte, wi-fi… Os mais difíceis são nas áreas dos seguros, desenvolvimento pessoal, segurança e transportes locais.
Penso que seria muito interessante que uma universidade, consultora ou empresa de estudos de mercado replicasse este estudo em Portugal!
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Francisco Teixeira
www.franciscoteixeira.com
Consultoria e formação em Comportamento do Consumidor
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