Este artigo trata de problemas. Sobretudo, como olhar para eles de uma perspectiva realista e construtiva.
a) Eu tenho um problema?
As pessoas não têm tantos problemas como pensam que têm. Uma questão pertinente é saber se temos, efectivamente, um problema. Para obter uma resposta a esta questão, deve ter em atenção o seguinte: um problema deve ter uma solução, ou pelo menos a expectativa de que a tem. Muitas vezes pensamos em coisas que designamos por “problemas”, mas tratam-se apenas de fatalidades sem remédio, nas quais não temos poder para alterar o rumo dos acontecimentos. Ou seja, não temos um problema – temos uma resignação face a uma situação adversa. No entanto, consumimos demasiado tempo com estas situações.
b) O problema faz parte de um processo “normal”?
Em muitas situações, existirem problemas, erros ou descuidos é normal, e faz parte da situação em si. Um aprendiz de olaria pode fazer um primeiro pote desastroso – mas na sua condição, o “problema” faz parte do processo de aprendizagem. Ou seja, no processo existe exactamente uma folga admissível de conter erros, sem que isso corresponda a um problema efectivo.
c) O problema é dependente de uma situação, tempo ou espaço, ou é algo crónico, estável e independente?
Um problema pode aparecer ou desaparecer mediante um contexto. Ou pode continuar a existir, independentemente do mesmo. No inverno é normal haver gripes e constipações, um problema sazonal. Mas estar-se sempre constipado, independentemente do clima, pode indiciar um problema mais grave.
d) Está a lidar com um problema, ou com as consequências / efeitos / sintomas de um problema mais profundo?
É muito comum as pessoas confundirem um problema com um sintoma de outro problema. O lado negativo desta situação é que não estamos a remover o problema, mas sim as suas repercussões. Convém identificar o problema original, a causa – só assim se resolvem problemas subsequentes. Esta situação pode encobrir custos avultados, pois o verdadeiro problema continua presente.
Uma vez salvaguardados os aspectos mencionados, está na altura de por mãos à obra. Deve ter em atenção alguns cuidados:
– Não ignore o problema. Se não o resolver, ele vai crescer.
– Analise-o de diferentes perspectivas.
– Recolha informação pertinente
– Recolha informação / factos, e evite assunções, probabilidades ou opiniões (que são subjectivas, baseadas em crenças pessoais)-
– A informação obtida deve ser objectiva e confirmável, e vir de fontes independentes e de confiança.
– Estabeleça prioridades. Uma das ferramentas mais simples de usar (mas poderosa), é a Matriz de Eisenhower, que pode ser adaptada a muitas áreas, incluindo a hierarquia de problemas. Tendo atenção a essa matriz, onde encaixaria os problemas com que se depara actualmente?
Bom trabalho!
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